Aqui encontramos o primeiro milagre de Jesus, que de maneira profética e didática nos aponta o propósito do milagre.
Jesus estava presente na criação, junto ao Pai e ao Espirito Santo, como Deus criador. Na criação o Senhor cria do nada, traz a existência à partir do abstrato, do vazio, é então o ponto inicial, é o começo, é o novo.
No casamento em Caná este mesmo Deus opera, agora não do nada, mas à partir de algo, Ele não cria, Ele transforma, é então o ponto de mudança, é o resgate, é o recomeço, uma nova chance, é o novo, de novo.
O milagre é isto, é quando o plano original, por alguma circunstância, falha, então precisamos de um socorro, de uma intervenção de cima.
Jesus é o verdadeiro alquimista, assim como transformou água em vinho, também transformou morte em ressurreição, tristeza em festa, dor em riso, alterando destinos, riscando decretos contrários e abrindo a porta das possibilidades.
Quando Jesus transformou água em vinho naquele casamento, Ele estava socorrendo e abençoando aquele jovem casal desmoralizado em sua festa nupcial, mas também estava mandando um recado para a sua Igreja e toda a humanidade – eu opero transformações, eu posso mudar a natureza, a essência, a circunstância e toda a história.
Às vezes pensamos – o que Deus poderá operar à partir destes poucos recursos que tenho?
Fique tranquilo, a manifestação do milagre vai além do que temos e somos, aliás, o milagre pode mudar o que temos e o que somos.